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Como cães de assistência podem ajudar na vida de autistas

  • Terra -

Atlas é um pastor belga que alerta ou responde a crises, abre portas, guia para fora de um local para outro mais calmo, faz navegação pela cidade quando o dono está em crise, busca remédios e chama ajuda quando necessário. Ele é o cão de serviço ou cão de assistência de Arthur Skyler Santana de França, 22 anos, do Distrito Federal, que é seu treinador e tem autismo.

Talvez você nunca tenha ouvido falar em cão de serviço para autistas, mas na seara de tratamentos que envolvem o TEA (Transtorno do Espectro Autista), os animais aparecem como grandes aliados, além de servirem como fiéis ajudantes, a exemplo dos cães de serviço, como o Atlas. "Quando estou muito sobrecarregado, não consigo saber aonde vou, então o Atlas me ajuda a navegar pela cidade", conta Arthur, que, além de treinar Atlas, trabalha em um canil especializado onde treina outro cão.

Muito lindo ver como o autista se conecta facilmente com os cães. E a partir desse vínculo, os cães acabam sendo uma ponte para o meio social e interação com as pessoas, além de potencializar as demais terapias", relata a psicóloga Manuella Balliana Maciel, especialista em terapia assistida por animais há mais de 18 anos e fundadora do Instituto Cão Amigo & Cia. Ela atende crianças com a presença de seus cães, que passaram por criteriosa avaliação para ter certeza de que vão se comportar com todas as situações comuns numa terapia, sem reagir de forma negativa.

No caso do cão de assistência, o treinamento também é bem rigoroso e se inicia antes de o animal nascer. "Começa com a escolha da genética. Além do bom temperamento é preciso ter genética propensa ao trabalho, e a partir disso se elege o casal. Quando nascem os filhotes são feitos testes para saber qual deles está mais apto para ser um cão de serviço", explica Arhtur. Esses testes avaliam o temperamento do cão, se é sociável e treinável , além da presença de certos "drives" - para comida, caça (para treiná-lo com bolinhas) e musculatura específica, por exemplo.

A próxima etapa é a socialização, com filhote interagindo os pais e irmão. Nessa fase, ele também é exposto a todos os estímulos - pessoas, animais, ambientes, texturas diferentes - para proporcionar um leque de socialização ideal para não se sentir desconfortável em nenhuma situação. "No meio urbano isso é muito necessário, pois os barulhos são altos e o cão de serviço fica exposto a muita coisa", diz Arthur.
Em seguida acontecem os treinamentos de obediência e acesso público (saber se comportar em ambientes públicos). Com cerca de um ano, o treinamento passa para parte de tarefas, a mesma pela qual passa o Atlas no momento - que é algo bem específico, já que depende das necessidades de cada pessoa.  
As raças mais indicadas para a tarefa de cão de serviço são labrador, golden retriever, collie e poodle gigante. "Mas qualquer raça pode ser apta, desde que o cachorro seja selecionado para a função", diz o treinador, que optou pelo pastor belga por uma necessidade específica da sua deficiência, que envolve sensibilidade tátil. "O Atlas é perfeito porque o pelo tem uma espessura específica e o peso dele também é ideal para mim. O labrador seria muito pesado e o golden tem um pelo que eu não consigo tocar", explica ele.

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